segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Vida Saudável: pare menos, conselhos e dicas para aumentar o seu bem-estar!

   Ainda no âmbito de uma Educação para a Saúde, promovida na I Feira da Alimentação e Vida Saudável, publicamos artigo recente da rubrica Lyfe&bem-estar do jornal Público.) São bons conselhos, para vivermos melhor!

(O Projeto CaoVida pretende motivar para o exercício físico através de um formato mutualista e bastante favorável ao ... 'melhor amigo do Homem'!)


   Pernas, para que vos quero? (por António Labisa Palmeira, investigador em actividade física e saúde)

   Estar sentado durante longos períodos de tempo reduz a circulação sanguínea no cérebro, diminuindo a criatividade e degradando o humor.
   Longos períodos de tempo sentado fazem parte do quotidiano de qualquer adulto. Actualmente, permanecemos sentados para realizar as nossa tarefas laborais, mas também nos transportes e para desfrutar do tempo livre após o trabalho. Até o modelo de comunicação vigente (televisão, computadores esmartphones) implica uma relativa imobilização.
   Estar sentado durante longos períodos de tempo reduz a circulação sanguínea no cérebro, diminuindo a criatividade e degradando o humor. Assim, os comportamentos sedentários, geralmente definidos tanto pelo baixo dispêndio de energia, como por uma postura sentada ou inclinada, estão a tornar-se numa importante variável na equação do exercício e da saúde, sendo relacionados com várias formas de cancro e doenças cardiovasculares e metabólicas. Há processos fisiológicos únicos relacionados com o comportamento sedentário, em particular com o tempo sentado, estandodocumentada a estreita relação entre o tempo despendido a ver televisão com a degradação do perfil lipídico e do metabolismo do açúcar, percursores de muitas patologias metabólicas e da obesidade.
   Mesmo os indivíduos activos/ sedentários que acumulem 30 minutos diários de actividade física moderada a vigorosa (marcha rápida, corrida, bicicleta ou musculação), mas que passem longos períodos sentados em frente à televisão, sofrem de uma diminuição acentuada da qualidade de vida e de vários indicadores de saúde. Paralelamente, inúmeros benefícios na funcionalidade e qualidade de vida estão associados à interrupção frequente dos períodos de sedentarismo. Pequenos intervalos no tempo sentado (por exemplo, a cada 30 a 60 minutos passar 1 a 3 minutos em pé, fazer um pequeno circuito de marcha pelos corredores ou usar as escadas) podem fazer muita diferença.
   Face a este fenómeno, as recomendações do American College of Sport Medicine para a quantidade e qualidade do exercício para o adulto aparentemente saudável fazem alusão à necessidade de reduzir os comportamentos sedentários. Em alguns países já foi introduzido o trabalho em secretárias ajustáveis à posição de pé e outras com passadeira para que os trabalhadores possam mudar de posição e/ou marchar sem terem de abandonar a tarefa em que estão envolvidos. Utilizando uma alternativa menos dispendiosa, pode utilizar uma bola suíça para se sentar, simplesmente fazer pausa para alguma actividade física (enquanto fala ao telefone ou se reúne com algum colega de trabalho) ou tirar partido das oportunidades de exercício que lhe surgem ao longo do dia (escadas, passeios, caminhadas, entre outras).
Breves momentos de actividade ligeira no lugar de puro sedentarismo podem atenuar a falta dos 30 minutos de actividade física diários recomendados para a promoção da saúde. Pode mesmo mudar o slogan da sua saúde de “faça mais” para “pare menos”.
   

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