sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A Natureza inspira os emblemas de clubes desportivos!

     Em Portugal, pelo menos relativamente aos clubes mais populares, não faltam animais, reais ou mitológicos, simbolizando força, persistência e capacidade de luta.
   
    Mas existem, em Portugal e pelo mundo, inúmeros exemplos de símbolos faunísticos e florísticos (ver exemplo abaixo) associados ao Desporto: em notícia do Público, reflete-se sobre o simbolismo associado a animais e que é utilizado por clubes desportivos nos emblemas dos mesmos.



O emblema do Celtic de Glasgow utiliza o trevo, uma espécie de planta associada à fortuna ou sorte

    O Pato Donald ou um dinossauro com o pé numa bola de futebol e o polegar para cima são emblemas pouco capazes de causarem temor, como o faziam alguns escudos nos campos de batalha da Idade Média dos quais os emblemas das equipas de futebol são herdeiros directos. Quem escolheu estes elementos para símbolo do seu clube desvalorizou a importância que o emblema de uma equipa pode ter na motivação dos seus atletas e como factor de identificação dos seus adeptos.

     “A heráldica do futebol tem características medievais, quer na escolha simples dos emblemas, quer no contraste das cores”, explica ao PÚBLICO Miguel Metelo de Seixas, director do Centro de Genealogia e Heráldica da Universidade Lusíada.


    Nada disto, contudo, terá estado na cabeça de quem, em Paraíba, no Brasil, escolheu, há 59 anos, o Pato Donald, da Disney, como símbolo do Esporte Clube de Patos. Mas o “patinho terror do Sertão”, como é conhecido o clube, não é o único mau momento que aconteceu do outro lado do Atlântico. Os fundadores do Sousa Esporte Clube também tiveram, pelo menos, um dia difícil na vida, quando optaram por ter como emblema um dinossauro risonho.  


    Como na Idade Média, as aves são uma presença recorrente na heráldica futebolística, geralmente aves de rapina, símbolos de poder e coragem, exactamente aquilo que uma equipa quer demonstrar em campo. Menos comuns são as aves de capoeira, como o pato. Um galo no emblema é o que tem, por exemplo, a selecção francesa de futebol, uma versão estilizada do galo gaulês, um símbolo não oficial de França. O Bari, da Série B italiana, é conhecido como a equipa dos “galinhos” e o seu símbolo é uma cabeça de galo vermelha e preta - que faz lembrar o galo dos “cornflakes” da Kellog’s. Antes, o Gil Vicente não tinha o galo de Barcelos no emblema, mas passou a ter há pouco, embora sem ser a versão popularizada em cerâmica. 


    Há animais para todos os gostos nos clubes de futebol. Extintos, em vias de extinção, mitológicos ou daqueles que se comem numa marisqueira. O Morecambe FC da III Divisão inglesa, por exemplo, tem um camarão no emblema. (...)


    Continuando nos animais, os felinos são presença recorrente, mas depende de como forem utilizados. O Associação Esportiva Tiradentes, de Fortaleza, tem um tigre com sérios problemas de perspectiva, pouco fazendo para justificar a inscrição “Tigre da Polícia Militar”. O leão do AA Moreninhas, de Mato Grosso, também é pouco ameaçador e tem um sorriso malandro. O Sunderland, da Premier League inglesa, costumava ter um gato em cima de uma bola, mas substituiu-o por dois felinos mais vitaminados, mantendo, no entanto, a alcunha de “os gatos pretos”. 


    Só mais alguns exemplos da variedade da fauna nos emblemas de futebol: gorila (Atlanta Silverbacks, EUA), morcego (Valência, Espanha), ovelha (Preston North End, Inglaterra), mocho (Oldham e Sheffield Wendnesday, Inglaterra), golfinho (Pescara, Itália), dois esquilos (Kilmarnock, Escócia), elefante (Dumbarton, Escócia), crocodilo (Brasiliense FC, Brasil), bode (Colónia, Alemanha), pinguim (Libourne, França). (...)





   

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Concurso de Fotografia National Geographic - Grande Vencedor: Libelinha na chuva

 
    Splashing é o título da fotografia de Shikhei Goh que ganhou o grande prémio do concurso de fotografia da NG. Venceu também na categoria de Natureza.
    Representa uma libelinha a ser fustigada por gotas de chuva, num momento e imagem belíssimos.

   Clicar para aceder à galeria das imagens vencedoras das várias categorias.

A Engenharia no quotidiano: Programa Engenharia num minuto - FEUP

   A Engenharia na FEUP é divulgada no programa Engenharia n'Um Minuto.

   Um exemplo, que cruza Engenharia com a Teoria de Evolução de Darwin:

   
    A guitarra elétrica é um instrumento recente, fruto da Engenharia!

Castores: construtores de barragens

   Castores (Castor canadensis): Engenheiros da Natureza!

   

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

   Gorila da montanha (Gorilla gorilla), filmado no Uganda. 

   
   Surgem sempre dúvidas relativamente a estas interações: serão forjadas? ou naturais? trata-se de animais selvagens ou domesticados, de alguma forma. 

   Aproveitando um comentário de um leitor do jornal Público, explique-se:

   O que acontece aqui é que são animais habituados a lidar diariamente com pessoas. Estas não são inimigos. São animais selvagens num meio relativamente artificializado. (...) Animais treinados necessitam de avaliar permanentemente o seu comportamento através do feedback dos seus treinadores. Assim, o comportamento não é um cortamento treinado mas condicionado naturalmente pelo meio relativamente artificial, não só nas estruturas montadas para os turistas mas também na relação dos gorilas com os humanos.

    De qualquer das formas, poderão ser um meio para alertar para a situação crítica desta espéci: está classificada como Criticamente em Perigo, pelo Livro Vermelho das Espécies, da União Internacional para a Conservação da Natureza. As razões? As mesmas de sempre: destruição do habitat, caça furtiva para amuletos no mercado negro, enfim, pressão e capricho humanos... 

    Para saber mais sobre o Gorila, ver aqui.


    Para vídeos de Gorilas, ver aqui.


    Mais uma vez, Hollywood já aproveitou uma história real para um blockbuster, nos anos 1980. 


   O filme Gorillas in the Mist (Gorilas na Bruma), conta a história de Diane Fossey, uma naturalista que viveu próximo dos gorilas e realizou estudos e filmagens que permitiram conhecer melhor estes indivíduos fenomenais. Foi morta por caçadores furtivos, em 1985. 

   

Ciência Com Todos

    O projeto Ciência para Todos surgiu este ano, dinamizado pelo Professor João Calafate. Nas suas próprias palavras: 


    Este sítio serve de suporte a um projeto de divulgação de Ciência - Ciência com Todos - que apresenta como finalidade melhorar a literacia científica dos cidadãos portugueses e outros interessados.
 Aqui, o utilizador poderá "dar asas" à sua curiosidade e imaginação (acerca da vida, do mundo e do universo que nos rodeia) colocando questões relacionadas com a Ciência e a Tecnologia, para as quais não encontra uma resposta ou não encontra uma resposta cientificamente adequada e acessível e vê-las respondidas por especialistas das diversas áreas da Ciência e da Tecnologia.

   Objectivos do projeto:
  •    Divulgar a Ciência de um modo cientificamente adequado e acessível a não especialistas, designadamente crianças, jovens e adultos.
  •    Promover literacia científica em jovens e adultos.
  •    Melhorar a qualidade de vida dos cidadãos alfabetizando-os cientificamente, de modo a poderem tomar decisões em consciência.
  •    Fomentar o gosto pela Ciência.
  •    Estimular a curiosidade acerca do mundo que nos rodeia (o vazio não estimula a nossa curiosidade).
  •    Promover um clima de partilha de conhecimentos sobre Ciência entre os diferentes membros de famílias portuguesas.
  •    Promover um clima de partilha e cooperação entre e com docentes universitários de diferentes áreas científicas.
  •    Divulgar novidades de investigação científica.
  •    Melhorar a cultura científica dos professores de Ciências em geral e do Ensino Básico em particular.

   A Comissão Científica, isto é, os profissionais das várias áreas científicas que se associaram a este site e responderão às questões colocadas incluem grandes investigadores e professores.    

   Como exemplo de questão científica colocada e respondida: 

   Há uma coisa que me intriga e a qual gostaria, se possível, de ver explicada: até que ponto o nosso cérebro tem capacidade para "armazenar dados", ou seja, será possível ter uma ideia aproximada da quantidade de conhecimento que um ser humano consegue reter na sua memória? 
  Uma pessoa que passe os seus dias a ler/estudar irá sempre conseguir reter aquilo que lê/aprende ou chegará a uma altura em que a memória ficará "cheia"?
  Alguém me consegue explicar este assunto, que penso ser difícil e ao mesmo tempo fascinante?! 



   Procurem a resposta a esta e outras questões no Ciência Com Todos. Façam as vossas questões e leiam respostas dos especialistas!

Sobre a Memória

   Em publicação anterior (Sobre as memórias, na Escrita, na Vida e na Educação) falamos aqui de memória e da sua importância.


    Recuperamos o tema, de uma importância que nos escapa no quotidiano, mas nos impacta brutalmente quando assistimos a casos em que a identidade individual está comprometida por falhas nesta capacidade incrível de recordar e projetar. 


    De outra forma, vivemos presos no Presente. Talvez seja o verdadeiro Carpe Diem...?


   
BBC How Does your Memory Work - 1ª Parte de um documentário imperdível


Memento (trailer) - Hollywood também já tratou este tema, aqui em forma de policial dramático

Votos Natalícios - Com Química!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Conservação de espécies que ocorrem no território português: porque nem só do PIB se faz a riqueza de um país!

   Duas espécies emblemáticas e atualmente com muito poucas hipóteses de encontrarem em Portugal habitats adequados às suas características (curiosamente, ao lado, em Espanha, além de, em meio selvagem terem muito mais território protegido, as iniciativas de reprodução em cativeiro têm sido mais apoiadas e bem sucedidas. Talvez, afinal, venham bons ventos de Espanha...).


   São, pois, duas espécies IBÉRICAS, mas parece que inimizades antigas com os vizinhos nos têm deixado para trás, até na conservação de espécies.


    O Lince-Ibérico (Lynx pardinus)

   

    O Lobo-Ibérico (Canis lupus signatus)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Música e Geologia

   Banda portuguesa, das Ilhas dos Açores. Vale bem a pena experimentar, quando o produto é desta qualidade e originalidade!

   O Experimentar Na M'Incomoda, Ilhas de Bruma

   
Ilhas de Bruma
Autor: José Ferreira

Ainda sinto os pés no terreiro
Onde os meus avós bailavam o pezinho
A bela Aurora e a Sapateia
É que nas veias corre-me basalto negro
E na lembrança vulcões e terramotos

Por isso é que eu sou das ilhas de bruma
Onde as gaivotas vão beijar a terra

Se no olhar trago a dolência das ondas
O olhar é a doçura das lagoas
É que trago a ternura das hortênsias
No coração a ardência das caldeiras.

Por isso é que eu sou das ilhas de bruma
Onde as gaivotas vão beijar a terra

É que nas veias corre-me basalto negro
No coração a ardência das caldeiras
O mar imenso me enche a alma
E tenho verde, tanto verde a indicar-me a esperança.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Festival Eletrão - Iniciativa da amb3e (Reciclagem de Equipamento Elétricos e Eletrónicos)


       Em Gaia, nos próximos dias 9 e 10 de Dezembro, passa o Festival Eletrão, onde será feita uma recolha de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos. Haverá ainda concerto pela banda Reciclados!

 
    Mais informações aqui

sábado, 3 de dezembro de 2011

O tanto que vale a Biodiversidade (e que vamos descobrindo devagar!)

    Sapos conseguem prever tremores de terra com dias de antecedência
02.12.2011, Helena Geraldes, Público

     A debandada geral de uma colónia de sapos num lago em L'Aquila, Itália, dias antes de um sismo em 2009 surpreendeu uma equipa de investigadores. Depois de anos de estudo concluíram que estes anfíbios conseguem prever os tremores de terra com vários dias de antecedência.

   A bióloga da Universidade Aberta do Reino Unido, Rachel Grant, monitorizava uma colónia de sapos-comuns (Bufo bufo) num lago em L’Aquila, Itália, quando tudo aconteceu. “Foi dramático. Em apenas três dias, a colónia passou de 96 sapos para zero”, disse a investigadora à BBC, que publicou os seus dados na revista Journal of Zoology.


   O estudo revela que os sapos “mostraram um comportamento muito pouco habitual antes do sismo de magnitude 6.3 na escala de Richter em L’Aquila, em Itália, a 6 de Abril de 2009”. “Dias antes do sismo, os sapos desapareceram subitamente dos seus locais de reprodução num pequeno lago a 75 quilómetros do epicentro e só regressaram depois de uma série de réplicas”, acrescenta o estudo.


  Pouco tempo depois, Rachel Grant foi contactada pela NASA (agência espacial norte-americana), que estudava as alterações químicas que ocorrem quando as rochas estão sob stress extremo.Com base em testes em laboratório, a equipa de sete investigadores coordenada pelo geofísico Friedemann Freund, da NASA, concluiu que os animais detectam as alterações químicas na água subterrânea, causadas pela libertação de partículas através das rochas na crosta terrestre que estão em tensão, devido às forças tectónicas antes de um sismo. Esta cadeia química pode afectar o material orgânico dissolvido nas águas de um lago, transformando materiais inofensivos em substâncias que são tóxicas para os animais aquáticos.


   Segundo a equipa de investigação, que publicou as suas conclusões na revista Journal of Environmental Research and Public Health, os animais que vivem nessas águas ou perto delas são extremamente sensíveis às mudanças na sua composição química. 


   Os investigadores acreditam que biólogos e geólogos podem trabalhar em conjunto para preparar melhor a chegada de um sismo. Freund diz que o comportamento destes animais pode ser apenas um de uma cadeia de eventos que podem prever um sismo. “Quando compreendermos de que forma estes sinais estão ligados e se virmos quatro ou cinco a apontar na mesma direcção, então podemos dizer que algo está para acontecer.”





quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dia Mundial Contra o VIHSIDA

    A estimativa da UNAIDS ( AIDS epidemic update, UNAIDS, www.unaids.org ) aponta para cerca de 42.000 pessoas infectadas em Portugal (cerca de 0,4% da população Portuguesa).


    Desde 2000, tem-se verificado um aumento proporcional do número de casos de transmissão heterossexual e diminuição proporcional dos casos associados à toxicodependência. Desde 1999 observa-se que são notificados com maior frequência casos de SIDA em grupos etários superiores (acima de 45 anos).


    (em http://www.roche.pt/sida/estatisticas/portugal.cfm)





     (...) 'um estudo indica que 28% das mulheres portuguesas ainda acredita que o contacto com fluidos corporais que não sangue (saliva, suor e espirros) e o contacto corporal não sexual podem ser formas de transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).'


   (resultados de um estudo publicado no jornal Publico em 30-11-2011)


    'Ao mesmo tempo que se defende a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde [SNS], é indispensável assegurar que a preocupação com a infecção VIH/sida continua no centro das políticas de saúde e não permitir a fragilização das estruturas existentes.'


    (documento que recomenda ao Governo a adopção de medidas tendentes ao combate da infecção em Portugal, com vista à sua erradicação, em notícia no jornal Publico em 01-12-2011)


    'A nível mundial, Por dia, 2500 jovens são infectados com o VIH, diz o Relatório “Oportunidades na Crise”( Publicação conjunta de UNICEF, ONUSIDA, UNESCO, FNUAP, OIT, OMS e Banco Mundial apresenta pela primeira vez dados sobre os adolescentes e o VIH) publicado a 1 de Junho 2011.


  Em Portugal, a associação Abraço tem sido das instituições mais empenhadas em combater a doença.